segunda-feira, 28 de junho de 2010

Persons Unknown S01E04 - "Exit One"

Dividir sem conquistar

Mais uma semana, mais um episódio de "Persons Unknown" para me deixar divagando sobre o que poderia ter sido... Dessa vez, ao invés de seguir um eixo principal, a história divide-se em três subtramas paralelas e apenas uma delas é satisfatória.

Na primeira delas, Joe e Janet aprofundam sua relação durante uma oportunidade de escapar da cidade. Se você desconsiderar que as reações dela parecem às vezes um pouco histéricas demais, essa é justamente a trama que funciona. Contudo, é preciso ter fé que os elementos "exóticos" como o taxista árabe, o caminhão negro misterioso à la "Encurralados" e mesmo o enxame de abelhas tenham todos um propósito e não sejam o propósito em si mesmos. Sigo acreditando!

A segunda, dedicada a desenvolver Toti Fairchild sofre de execução precoce. Se houvesse mais tempo para criarmos empatia pela personagem, se a sua tentativa de sedução do conciérge fosse menos óbvia e mais gradual, se ela não tivesse regurgitado toda a sua história de abuso de uma só vez naquele coreto e isso fosse sugerido aos poucos, talvez a personagem tivesse funcionado bem e qualquer virada que ocorresse com ela no futuro teria bastante impacto. Contudo, aparentemente, eles queriam tirá-la logo da série e perderam mais uma boa oportunidade.

Na trama de Charlie e Bill, o problema é outro: irrelevância. Mesmo que Charlie efetivamente tivesse sufocado Bill ou que ao menos algo parecido venha a acontecer em episódios futuros, o impacto é muito pequeno, porque são dois personagens que não geram qualquer interesse e que até o momento não parecem servir para qualquer coisa na trama maior. Nesse caso, ao contrário do de Tori, quanto antes tirá-los da história ou transformá-los em personagens relevantes, tanto melhor.

Os três minutos finais seguraram o episódio na classificação média. A virada repentina e inesperada, o local, a iluminação e a música de fundo remeteram muito à bons momentos "escotilha" de Lost. Porém não dá para sustentar uma série só nos ganchos surpreendentes. O episódio anterior pelo menos construiu uma trama interessante para os trinta e poucos minutos anteriores, espero que eles voltem pelo menos a esse patamar no próximo.

Ps. - Não havia comentado ainda: a abertura da série em tons cinzas e música sinistra é definitivamente muito boa.

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