terça-feira, 15 de setembro de 2009

O símbolo perdido - Dan Brown

Produto novo com cara de antigo 


É fácil recomendar "O símbolo perdido", o novo livro de Dan Brown: basta eu perguntar o que você achou de O código Da Vinci, Fortaleza digital, Impacto profundo etc. Se você gostou, dificilmente vai se decepcionar com esse. Da mesma forma, se você não gostou ou, como eu, não se importou muito com os anteriores, não vai se surpreender agora.

Os capítulos rápidos e de fácil leitura continuam lá, assim como os ganchos ao final de cada um deles que te obrigam a continuar virando as páginas. 

O trabalho de pesquisa sobre temas obscuros, mas que geram interesse imediato (história religiosa, vida fora da Terra etc.), está presente de novo e é executado com maestria, sendo que o espécime da vez a ser dissecado é a centenária Ordem dos Maçons.

Só que também estão de volta os personagens caricatos e sem um pingo de carisma - sendo que chamá-los de "personagens" é uma bondade, porque todos sem exceção são muito mais "artifícios" que movem (ou explicam) a história do que personagens em si. É difícil realmente empolgar-se com as inumeráveis reviravoltas da trama quando você não se importa minimamente com as personagens.

Se você trocar o nome das personagens (exceção ao protagonista que é o mesmo de dois livros anteriores), trocar o cenário de Paris para Washington, alterar ligeiramente as características do seu vilão e inserir dados sobre um tema diferente e pronto: uma versão remasterizada de O código Da Vinci.

Enfim, pelo aspecto enciclopédico, ou seja, pelas referências religiosas, mitológicas, técnicas etc.espalhadas pelo texto, assim como por seu valor como guia turístico de Washington D.C., esse é um livro bastante interessante. 
É capaz, no entanto, de você conseguir encontrar alguns textos no Wikipedia sobre os mesmo assuntos que tenham mais "personalidade".

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